A mudança para os EUA – curiosidades sobre a compra da casa

 Olá queridos! Finalmente, chegamos à parte final do assunto “A mudança para os Estados Unidos”! Animados? Vamos lá:

No post anteriores vimos o que é credit score e como ele deve ser construído, lembram-se?

Agora que já passei para vocês toda a parte teórica que envolve o assunto, posso dar continuidade a nossa história. É o que farei neste post! Além disso, compartilharei com vocês algumas peculiaridades do processo de compra e venda de imóveis aqui nos EUA. Vamos começar pela nossa história:

Bem, enquanto nosso crédito estava sendo construído, tivemos que sair do apto alugado pela empresa e…ir para um hotel! Sim, foi a única saída, já que não conseguíamos nem alugar nem comprar nada naquele momento. Nossa escolha foi o Extended Stay America, que tinha um bom custo benefício para o propósito (barato e confortável).

Ficamos nesse hotel por exatos 3 meses e meio!!!! E minha barriga crescendo…se vocês pararem para fazer as contas, descobrirão que eu já estava com 7 meses de gravidez!! Vejam algumas selfies tiradas no hotel:

Nessa altura da gravidez, os casais normais provavelmente já estariam com o quartinho do bebe todo pronto, enxoval comprado, tudo certo, só esperando o nascimento dos bebês, não é verdade? Enquanto que nós estávamos num quarto de hotel, com 7 malas abertas no chão, tudo espalhado por todo lado e eu ainda com uma barriga gigantesca!

Sinceramente, eu nem tinha cabeça pra pensar em quarto de bebê, tudo o que eu queria naquele momento era uma casa (rsrs). Sem contar que tivemos que trocar de quarto 2 vezes! Uma porque teve vazamento no banheiro e outra porque o triturador da pia entupiu. Eu poderia escrever por horas sobre as coisas que aconteceram nesse hotel, teve muito mais. Mas o acho que por hora basta, senão não termino esse post nunca (rsrs)!

Bem, enquanto estávamos no hotel, conseguimos comprar nosso carro. Foi uma dificuldade tremenda, mas no final deu tudo certo. Ficamos felizes com nossa primeira conquista nos Estados Unidos. Não tínhamos casa, mas tínhamos carro (rsrs).

Enquanto estávamos morando no hotel, também tiramos nossa carteira de motorista americana. Foi uma experiência interessante, mas vou deixar explicar como tirar a carteira de motorista em um outro post, ok?

Bem, após 3 meses e meio inesquecíveis (para não dizer “enlouquecedores”) morando em um hotel e grávida de 7 meses (de gêmeos), a corretora que nos ajudava na compra da casa conseguiu uma casa para ficarmos temporariamente, enquanto a compra da nossa casa não saía. A casa era maravilhosa, tinha até elevador (rsrs). Isso é que eu chamo de um upgrade…rsrs. Compensou todo o “perrengue” que passamos no hotel (rsrs).

“Falando” em compra da nossa casa, penso ser interessante compartilhar com vocês algumas peculiaridades do processo de compra e venda de imóveis aqui nos EUA.

No Brasil, nem todas as transações imobiliárias de compra e venda envolvem a presença de um corretor como intermediário. Porém, caso haja essa intervenção, há apenas um corretor conciliando os interesses das partes, sendo o vendedor o responsável pelo pagamento da comissão.

Já aqui nos EUA, em uma única transação há 2 corretores envolvidos: um que atua em benefício do comprador; outro que atua em benefício do vendedor.

No Estado de New Jersey o valor da comissão para os corretores é de 5%, sendo 2,5% para cada corretor. Interessante, né? Quem é responsável pelo pagamento também é o vendedor.

Além disso, em todas as transações os documentos são analisados, obrigatoriamente, por advogados. Esse processo é denominado de “attorney review“. Também há a presença de 2 advogados, um para cada parte interessada. Trata-se de uma fase obrigatória no processo de compra e venda. Inclusive, há escritórios de advocacia especializados no assunto, são os denominados “real estate lawyers“.

Diante do procedimento mais detalhado, a finalização de uma compra e venda costuma demorar, em média, uns 3 meses. E, quando o comprador é imigrante, demora mais ainda, uma vez que envolve análise do credit score, documentos do país de origem, etc.

Como vocês devem imaginar, a compra da nossa casa foi bem demorada. Tão demorada, que nem os gêmeos aguentaram mais esperar (rsrs)! Assim, acabaram nascendo com 37 semanas, enquanto ainda estávamos na casa provisória.

Mas a história do nascimento dos meus meninos também vai ficar para um futuro post, onde irei compartilhar com vocês tudo sobre como foi ter meus bebês nos Estados Unidos.

Espero que tenham gostado de saber um pouquinho mais da minha história e que eu tenha esclarecido as dúvidas dos meus leitores que pretendem vir morar nos Estados Unidos algum dia…ou até mesmo para os curiosos no assunto!

Qualquer dúvida, vocês já sabem: deixem um comentário abaixo que responderei com o maior prazer.

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